Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 11 de 11
Filter
Add filters








Year range
1.
Rev. abordagem gestál. (Impr.) ; 23(2): 150-157, ago. 2017.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-897155

ABSTRACT

O trabalho pretende discutir a questão da liberdade enquanto abertura de sentido da existência, diante de limites e possibilidades para aqueles que chegam à clínica em uma comunidade, onde condições factuais de extrema violência e restrição vêm compor um horizonte de sentido. Dialogando com pensadores da chamada filosofia existencial, buscaremos pensar através da clínica, como a questão da liberdade se desvela, pois compreendemos que, cotidianamente, somos atravessados por tradições, costumes e referenciais de uma época. O mundo atual com a instauração da era técnica acarreta contínuos impactos aos modos de cuidado da clínica psicológica. Nossa relação com o mundo se dá em jogo lançados em um contexto impessoal que de início nos encontramos. Portanto, as narrativas compartilhadas na clínica proporcionam um olhar mais atento para as especificidades da experiência junto ao Complexo da Maré na cidade do Rio Janeiro. Ao propormos a questão da liberdade, apostamos na potência de reinvenção da existência, portanto, do fazer da clínica.


The present work intends to discuss the issue of liberty while opening of the meaning of existence, before limits and possibilities for those who arrive at the clinic in a community of the Maré Complex in Rio de Janeiro city; - where factual conditions of extreme violence and restriction, as to comprise a sense horizon. Dialoguing with thinkers of the so- called existential philosophy, we will seek to think through de clinic, how the question of liberty reveals itself, because we understand that, daily, were crossed by traditions, customs, and references of an era. The present world whith the establishment of the technical era, entail continuous impacts to de modes of care of the psychological clinic. Our relationship with the world, comes into play in an impersonal context which we first met. Therefore, the shared narratives in the clinic, provides a closer look at the specificities of the experience next to the community. When we propose the question of liberty, we bet on the power of reinventing the existence; therefore, to the making of the clinic.


El presente trabajo pretende analizar la cuestión de la libertad durante la apertura de sentido de la existencia, frente a los límites y posibilidades para aquellos que vienen a la clínica em una comunidad donde vienen las condiciones fácticas de violencia extrema y restricción compuesto por um horizonte de sentido. Al dialogar com pensadores de la filosofía existencial, buscamos pensar a através de la clínica, ya que la cuestión de la libertad se revela, porque entendemos que todo el cotidiano és atravesado por las tradiciones, las costumbres y las referencias a la vez. El mundo actual con la introducción de la técnica traz impactos continuos para los modos del cuydado de la psicología clínica. Nuestra relación con el mundo se produce en um juego y en un contexto impersonal que inicialmente se reunió. Por lo tanto, al compartir las narrativas de la experiencia del hacer clínico se proporciona una mirada más atenta a los detalhes de la experiencia con el Complexo da Maré, en Rio de Janeiro. Al proponer el tema de la libertad, apostamos por el poder de la reinvención de la existencia, por lo tanto, de hacer la clínica.


Subject(s)
Humans , Poverty Areas , Freedom , Mental Health Services
2.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-765793

ABSTRACT

Tomaremos a questão da liberdade no pensamento de Martin Heidegger como fio condutor de nossas considerações. Apresentaremos, num primeiro momento, a reflexão acerca da técnica moderna e da liberdade para, posteriormente, realizar sua articulação com o contexto das práticas clínicas psicológicas de orientação fenomenológico-existencial. Pretendemos, assim, promover um distanciamento crítico concernente às tendências cientificistas e tecnicistas da psicologia clínica no contemporâneo, fomentando outra forma de compreender e experimentar a dinâmica dos encontros psicoterapêuticos para além de sua absorção inicial no horizonte da técnica moderna, uma vez que a essência do existir humano será considerada ao modo do poder-ser, abertura de sentido e liberdade.


We will take Martin Heidegger's thoughts on freedom as the guiding principle for our considerations. Initially, we will present the reflection upon modern technique and freedom to, subsequently, articulate both concepts with the context of psychological clinical practices of phenomenological-existential nature. We intend, therefore, to promote a critical distance concerning the contemporary scientific and technical tendencies of clinical psychology. The purpose is to stimulate another way of understanding and experiencing the dynamic of psychotherapeutic encounters beyond its initial conception, immersed in modern technique. We think that this approach will be able to grasp the essence of human existence by taking into account ontological concepts such as being-there, world disclosure and freedom.


Tomamos el tema de la libertad en el pensamiento de Martin Heidegger como el hilo conductor de nuestras consideraciones. Presentamos, en primer lugar, la reflexión acerca de la técnica moderna y la libertad para, posteriormente, realizar su articulación con el contexto de las prácticas clínicas psicológicas de orientación fenomenológico-existencial. Tenemos la intención, así, de promover una distancia crítica acerca de las tendencias científicas y tecnológicas de la Psicología clínica contemporáneamente, fomentando otra forma de comprender y experimentar la dinámica de los encuentros terapéuticos más allá de su absorción inicial en el horizonte de la tecnología moderna, una vez que la esencia de la existencia humana se piensa a la manera del poder ser, apertura y libertad.


Subject(s)
Psychology, Clinical , Psychotherapy/trends
3.
Rev. abordagem gestál. (Impr.) ; 19(1): 53-59, jul. 2013.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-693403

ABSTRACT

Este trabalho aborda algumas noções existenciais elaboradas por Heidegger em sua Analítica da Existência, enfatizando o existencial "cuidado" e suas possíveis repercussões para a psicoterapia na contemporaneidade. Utilizamos as obras Ser e tempo e Seminários de Zollikon, especialmente, na parte intitulada "Diálogos com Medard Boss". Fenomenologicamente, a clínica se interessa pelos sentidos que o homem investe em sua existência cotidiana. Nessas experiências cotidianas, os exercícios de estranhar e de meditar sobre os sentidos das relações são raros, contudo, a experiência de adoecimento psíquico convoca a reflexão sobre a existência. Em uma clínica de inspiração fenomenológico-existencial, essa reflexão pode ser norteada pelos constituintes ontológicos da existência, "cuidado" e "liberdade". Heidegger afirma que o homem é "cuidado", porque ele "cuida" ontologicamente de si mesmo e dos outros entes, deixando-os aparecer. Embora, a existência seja, essencialmente, liberdade, cotidianamente parecemos distraídos quanto ao nosso poder-ser próprio e vulneráveis às crenças impessoais e às objetivações. A compreensão da co-pertinência entre homem e mundo e da existência como cuidado, naquele sentido ontológico, implica uma transformação do olhar, revertendo preocupações técnicas de eficácia na solução de sintomas para o plano da ética a das possibilidades de singularização existencial...


This paper addresses some existential notions elaborated by Heidegger in his Analytic of Existence, emphasizing the existential "care" and its possible implications for psychotherapeutic nowadays. We use the work Being and Time and Zollikon Seminars, especially the section entitled "Conversations with Medard Boss." Phenomenologically, a clinic is interested in the senses invested by man in his everyday existence. In these everyday experiences, exercises of surprising and meditation on the meanings of relationships are rare, however, the experience of mental illness invites reflection on existence. In a clinical of existential-phenomenological inspiration, this reflection may be guided by the ontological constituents "care" and "freedom." Heidegger says that man is "care" because he "cares" ontologically about himself and the other beings, making them appear. Although, we are essentially free, daily we seem distracted to our own "potentiality-for-being", and be vulnerable to the beliefs and impersonal thoughts. Understanding the correlativeness between man, world and existence as care in that ontological sense, involves transforming the look, reversing technical concerns and effectiveness in resolving symptoms to the plane of the ethics and existential singling possibilities...


En este trabajo se abordan algunas nociones existenciales elaboradas por Heidegger en su Analítica de la Existencia, haciendo hincapié en el "cuidado" existencial y sus posibles implicaciones para la psicoterapia en la época contemporánea. Utilizamos las obras Ser y tiempo y Seminarios Zollikoner, sobre todo en la parte titulada "Diálogos con Medard Boss". Fenomenológicamente, la clínica está interesada en la forma en que el hombre invierte en su existencia cotidiana. En estas experiencias cotidianas, los ejercicios de sorprender y meditar sobre el significado de las relaciones son poco frecuentes, sin embargo, la experiencia de la enfermedad mental convoca reflexión sobre la existencia. En una clínica de inspiración fenomenológico-existencial, esta reflexión puede ser guiada por los mandantes ontológico de la existencia, "cuidado" y "libertad". Heidegger afirma que el hombre es "cuidado", porque "cuida" ontológicamente de sí mismo y de los otros seres, haciendo que aparezcan. Aunque, nosotros seamos esencialmente libre, parecemos distraído diario com nuestro propio "poder-ser", siendo vulnerables a las creencias y las objetivaciones impersonales. Comprender la co-relación entre el hombre, el mundo y la existencia como cuidado en el sentido ontológico, implica una transformación de la mirada, la inversión de las preocupaciones técnicas de eficacia en la resolución de los síntomas hasta el plano de la ética y de las posibilidades para la singularidad existencial...


Subject(s)
Existentialism/psychology , Freedom , Psychotherapy
4.
Rev. abordagem gestál. (Impr.) ; 18(2): 131-135, dez. 2012.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-693384

ABSTRACT

Propomos pensar possibilidades de experiência de mundo a partir da articulação entre obra de arte, na concepção do filósofo Martin Heidegger em "A Origem da Obra de Arte", e parar o mundo, idéia exposta pelo antropólogo Carlos Castaneda. Segundo Heidegger, ser obra de arteé instalar um mundo, deixar em aberto o aberto do mundo: abertura de sentido. Para o filósofo, o homem é o ente cujo ser está sempre em jogo na sua existência. "Parar o mundo" é um ensinamento do índio Don Juan a Castaneda. Ele precisa parar o mundo, desmoronar seu conceito de mundo para conseguir ver o mundo desprendido do consenso social. Os autores discorrem sobre realidades plásticas, mundos que existem a partir de experiências, formas de Ec-xistir e transitar entre mundos se mantendo na abertura do ser. Não objetivamos equivaler idéias, buscamos abrir um espaço para pensar acerca da existência do homem. Como recurso metodológico, destacamos passagens da obra de Castaneda e buscamos caminhos junto às idéias de Heidegger que nos auxiliem a elaborar um horizonte de diálogo...


We propose to consider possibilities of world experience from the relationship between work of art, an idea developed by the philosopher Martin Heidegger in "The Origin of the Work of Art" and stop the world, an idea expounded by the anthropologist Carlos Castaneda. According to Heidegger, being a work of art is to install a world, leave open the opening of the world: opening of sense. For the philosopher, man is the being whose being is always at stake in its existence. "Stop the world," is what speaks the Indian Don Juan to Castaneda. He needs to stop the world, collapsing his concept of world in order to see the world detached from social consensus. The authors discuss plastic realities, worlds that are based on experiences, forms of Existence and sometimes appearing to move between worlds and keeping the opening of Being. We do not aim to equate ideas, we open a space to think about the existence of man. As a methodological resource, we discusses highlighted passages of Castaneda's work and seek ways to the ideas of Heidegger which help us to elaborate a common horizon of dialog...


Nos proponemos estudiar las posibilidades de experiencia de mundo. Partindo de la relación entre obra de arte, una idea desarrollada por el filósofo Martin Heidegger en "El origen de la obra de arte" y detener el mundo, una idea expuesta por el antropólogo Carlos Castaneda. Según Heidegger, ser obra es la instalación de un mundo, mantener abierto el abierto del mundo: el sentido abierto. Para el filósofo, el hombre es el ser cuyo ser está siempre en juego en su existencia. "Detener el mundo," es lo que propone el indio Don Juan a Castaneda. Él tiene que detener el mundo, deshaciendo su concepto del mundo para que pueda ver el mundo separado del consenso social. Los autores hablan de realidades plásticas, de mundos que se basan en las experiéncias, de formas del Existir y permaneciendo en la apertura del ser. La intención no es lo apunte a igualar las ideas, pero abrimos un espacio para pensar en la existencia del hombre. Como método, utilizamos fragmentos de la obra de Castaneda junto de las ideas de Heidegger...


Subject(s)
Humans , Art , Existentialism/psychology , Self Psychology , Person-Centered Psychotherapy
5.
Estud. psicol. (Campinas) ; 28(3): 389-394, jul.-set. 2011.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-604352

ABSTRACT

Este artigo apresenta o modo de ser do homem como "existência", tal como elaborado por Heidegger em "Ser e Tempo", como uma das contribuições mais fundamentais da fenomenologia para a psicologia clínica. A noção de "existência", também relacionada às de "ser-aí "(Dasein) e "ser-no-mundo", é compreendida como abertura originária ao ser dos entes, como pré-compreensão do ser enquanto tal, vinculada à condição de "estar-lançada "em uma facticidade temporal. Entende-se que a noção heideggeriana de "existência "demarca uma atitude clínica nitidamente diferenciada e oferece novas possibilidades de tematização dos fenômenos psicológicos e da prática clínica. As práticas psicológicas clínicas de perspectiva fenomenológica existencial, ao tomarem a experiência de si e do outro como "ser-no-mundo-com", apresentam-se como espaços de cuidado/desvelamento dessas possibilidades de "ser-com "e não de um sujeito intrapsíquico.


This essay presents man's way of being as "existence", as formulated by Martin Heidegger in Being and Time, as one of the most fundamental contributions of Phenomenology to Clinical Psychology. The notion of "existence", also related to "being-there "(Dasein) and "being-in-theworld", is understood as the origin of the essence of beings, i.e., a pre-understanding of being itself, linked to the human condition of ´beingthrown´ into a temporal facticity. It is understood that the heideggerian notion of "existence "defines a clearly distinctive clinical attitude and presents new possibilities for thematizing psychological phenomena and clinical practices. Psychological practices of a phenomenological and existential perspective assume the experience of self and others as an experience of "being-in-the-world-with". In this way, they should be understood as spaces for taking care of those possibilities of "being-with "rather than taking care of an intrapsychic subject.


Subject(s)
Existentialism , Psychology, Clinical , Psychotherapy
6.
Rev. abordagem gestál. (Impr.) ; 16(2): 135-140, dez. 2010.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-796447

ABSTRACT

O presente trabalho propõe uma reflexão acerca de dificuldades específicas da formação clínica pela perspectiva fenomenológico-existencial. Observamos que, no âmbito do estágio curricular em psicologia clínica na perspectiva fenomenológico- existencial, algumas dificuldades emergem devido à inadequação da bagagem de representações teóricas recém adquiridas no curso e o tipo de atitude compreensiva que somos convidados a exercitar. É como se a atitude natural cotidiana de objetivar e cristalizar os sentidos da existência e das experiências de sofrimento ganhasse, com as representações teóricas, um reforço, dificultando ainda mais a atitude fenomenológica de suspensão. Há a suposição de que o lugar do psicoterapeuta apenas pode ser legitimado a partir de um saber positivo sobre a vida psíquica e, consequentemente, pela detenção de técnicas eficazes de intervenção. A experiência como alunos e supervisor de estágio em psicologia clínica na abordagem fenomenológico- existencial do curso de psicologia da Universidade Federal Fluminense, indica que esses momentos de impasse, em que se instala uma “crise” de paradigmas teóricos e identidades profissionais, são essenciais para um redimensionamento do lugar das teorias e técnicas psicológicas nas práticas de cuidado clínico sob a luz de uma compreensão propriamente fenomenológica da existência...


This work proposes a reflection on the specific difficulties of clinical training for the existential-phenomenological perspective. We observed that in the training curriculum in clinical psychology in existential-phenomenological perspective, some difficulties arise due to the inadequacy of the theoretical baggage of newly acquired representations in the course and the kind of comprehensive approach that we are asked to exercise. It is as if the natural attitude of everyday objectifies and crystallizes the meaning of existence and experience of suffering, gaining a reinforcement with the theoretical representations, further blurring the phenomenological attitude of suspension. There is the assumption that the place of psychotherapyst can only be legitimized from a positive knowledge about mental life and, consequently, the attainment of effective techniques for intervention. The experience as students and supervisor training in clinical psychology in addressing the existential-phenomenological psychology course of Fluminense Federal University, shows that these moments of impasse, which installs a “crisis” of theoretical paradigms and professional identities are essential for a redefinition of the role of psychological theories and techniques in the practices of clinical care in the light of a proper understanding of the phenomenological existence...


El presente estudio propone una reflexión sobre las dificultades específicas de la formación clínica por la perspectiva fenomenológica-existencial. Observamos que, en el ámbito de la pasantía en psicología clínica con perspectiva fenomenológico- existencial, surgen algunas dificultades debido a la inadecuación de la apoyatura de representaciones teóricas recientemente adquiridas en el curso y el tipo de actitud comprensiva que se nos invita a ejercitar. Es como si la actitud natural de la vida cotidiana de objetivar y cristalizar los sentidos de la existencia y de las experiencias de sufrimiento obtuviera, con las representaciones teóricas, un refuerzo, dificultando aún más la actitud fenomenológica de suspensión. Existe la suposición de que el lugar del psicoterapeuta sólo puede ser legitimado a partir de un conocimiento positivo acerca de la vida psíquica y, en consecuencia, por la aprehensión de técnicas eficaces de intervención. La experiencia como estudiante y supervisor de pasantía en psicología clínica con mirada fenomenológico-existencial del curso de psicología de la Universidad Federal Fluminense, muestra que esos momentos de impasse, donde se instala una “crisis” de paradigmas teóricos y de identidades profesionales, son esenciales para una redefinición del lugar de las teorías y técnicas psicológicas en las prácticas de atención clínica a la luz de una comprensión propiamente fenomenológica de la existencia...


Subject(s)
Humans , Training Support , Existentialism , Psychology, Applied , Psychology, Clinical
7.
Arq. bras. psicol. (Rio J. 2003) ; 61(2): 1-9, ago. 2009.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-546649

ABSTRACT

O artigo apresenta uma discussão sobre o encobrimento e a patologização da angústia como marcas recorrentes dos modos de produção de subjetividade na época contemporânea. A analítica existencial de Heidegger tematiza a angústia como uma disposição afetiva fundamental do ser-aí humano. A partir de sua analítica do ser-aí e de suas reflexões posteriores sobre a técnica moderna, são discutidos os sentidos dos modos correntes de evitação da angústia e de encobrimento da condição essencial de desabrigo da existência por meio da compulsão de controle e segurança. A medicalização e a psicologização do fenômeno da angústia têm sido estratégias centrais deste projeto de controle. Discute-se ainda o papel essencial da angústia na dinâmica de singularização da existência e a importâcia, para as práticas psicoterapêuticas, de uma apropriação temática do seu lugar a partir do qual elas tanto podem reforçar essa patologização encobridora, quanto abrir espaço para os processos de singularização que as experiências de angústia podem suscitar


This work aims at reflecting on the anxiety concealing and pathologization as a frequent mark of subjectivity production in the contemporary world. The existencial analytic of Heidegger does a thematic discussion about anxiety as a basic affective mood of human being-there. From his analytic of being-there and his later reflections on the modern technique, the directions in the current ways of avoidance of anxiety and the concealment of the essential condition of lack of protection of the existence through the control compulsion and security guard are argued. The medical and psicological approaches of the phenomenon of anxiety have been central strategies in this project of control. The essential paper of anxiety in the dynamics of existential singularization is still argued, as well as the consequence, for the psychological treatments, of a thematic appropriation of its place, from which, they can strengthen this concealing pathological approach or open space for the singularization processes that anxiety experiences can excite


Subject(s)
Existentialism , Stress, Psychological
8.
Estud. pesqui. psicol. (Impr.) ; 8(2): 193-203, ago. 2008.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: lil-514477

ABSTRACT

Este trabalho trata de alguns dos principais conceitos da psicoterapia daseinsanalítica, inspirada no pensamento do filósofo alemão Martin Heidegger. Para isto, inicia pela explicitação da escolha do termo "analítica" (Analytik) feita por Heidegger em sua obra "Ser e Tempo" (1927) em lugar de "análise" (Analyse). Aponta-se para a diferença de sentido entre ambos, destacando o afastamento moderno do significado originário de "análise", que o reduz a uma decomposição em elementos, em analogia com a química. No entanto, análise vem do grego analisein, que significa o destecer de uma trama, ou libertar, soltar alguém ou alguma coisa das amarras. O termo analítica, utilizado por Kant e retomado por Heidegger, não conduz a uma desintegração do fenômeno, mas sim ao seu caráter originário, ao seu sentido, sua condição de possibilidade. A analítica tece e destece, para libertar o sentido que possibilita o tecido, para vislumbrar o próprio tecer e re-tecer. Esta é a via pela qual Heidegger irá compreender a analítica. A Daseinsanalyse, análise da existência, é definida por ele em "Seminários de Zollikon" como o exercício ôntico da analítica ontológica empreendida em "Ser e Tempo". Pode-se, então, pensar a Daseinsanalyse também como o exercício da analítica na clínica, que elabora tematicamente a existência factual do cliente, remetendo-a às suas estruturas existencial-ontológicas constitutivas. Esse destecer, conduzido pela análise, libera o existir para tudo aquilo que o interpela como abertura de sentido, ajudando-o a tornar-se presente para todos os entes, inclusive para si mesmo, através da reflexão. Após apresentar as idéias de dois psiquiatras suíços que estabeleceram relações entre a filosofia de Heidegger e a clínica - Ludwig Binswanger e Medard Boss - o artigo propõe ainda alguns modos pelos quais pode pautar-se a atitude do psicoterapeuta na Daseinsanalyse. Uma vez que as demandas de sofrimento existencial, endereçadas à clínica psicoterápica, cada vez mais estão relacionadas ao nivelamento histórico de sentido que pode ser computado no cálculo global de exploração e consumo, é imprescindível, para que a psicoterapia possa se constituir em um espaço de reflexão propiciador de outros modos de existir, que ela própria não permaneça acriticamente subordinada a esse mesmo horizonte histórico de redução de sentido


This study deals with some of the main concepts of daseinsanalytical psychotherapy, inspired by the thinking of German philosopher Martin Heidegger. To fulfill this aim, it begins by expliciting the choice of the term "analytics" (Analytik) made by Heidegger in his piece Being and Time (1927) instead of "analysis" (Analyse). It points out the difference in meaning between both terms, highlighting the modern detachment from the original meaning of "analysis", which reduces it to a decomposition of elements, in an analogy to Chemistry. However, analysis comes from the Greek analisein, which means the unweaving of a web, or freeing, releasing someone or something from his/its ties. The term analytics, used by Kant and resumed by Heidegger, does not lead to a disintegration of the phenomenon, but to its original character, to its meaning, its condition of possibility. Analytics weaves and unweaves to free the meaning that makes fabric possible, to catch a glimpse of the very activity of weaving and unweaving. This is the way through which Heidegger will understand analytics. Daseinsanalyse, the analysis of existence, is defined by him in Zollikon Seminars as the ontic exercise of ontological analysis carried out in Being and Time. It is possible, then, to think of Daseinsanalyse as the exercise of analytics in practice, which elaborates thematically the factual existence of the client, submitting it to its constitutive existential-ontological structures. This unweaving, guided by analysis, frees existing to all that summons it as an opening in meaning, helping it become present to all beings, including itself, through reflection. After presenting the ideas of two Swiss psychiatrists who established a relationship between Heidegger's philosophy and practice, Ludwig Binswanger and Medard Boss, the article proposes some ways through which the psychotherapist can guide his/her attitudes according to Daseinsanalyse. Once the demands of existential suffering, addressed to psychotherapeutical practice, are more and more related to a historical leveling of meaning which can be accounted in the global figures of exploitation and consume, it is indispensable, so that psychotherapy can be a space for reflection which allows other ways of existing, that psychotherapy itself does not remain acritically subordinate to this same historical horizon of reducing meaning


Subject(s)
Humans , Psychology , Psychotherapy , Existentialism
9.
Rev. Dep. Psicol., UFF ; 18(2): 111-124, jul.-dez. 2006.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-457995

ABSTRACT

Este artigo tem por objetivo a reflexão, sob o enfoque da fenomenologiahermenêutica, acerca de um tema recorrente para a clínica psicoterápica: a solidão e as relações afetivas. A relação entre solidão e isolamento e a angústia frente à necessidade de controle e de segurança nos relacionamentos, serão analisados à luz do pensamento do filósofo Martin Heidegger, e de outros autores como Medard Boss, enquanto possibilidades de sentido que compõem o horizonte histórico do homem moderno. Neste contexto o papel desempenhado pela psicoterapia não será somente o ajustamento, mas se constituirá em um espaço de meditação, em que se farão presentes outras possibilidades de ser no mundo com o outro.


This paper aims to reflect, under a phenomenological-hermeneutic approach, about a recured complain in psychoterapic setting: loneliness and affective relationships. The connection between loneliness, isolation and anxiety with the necessity of control and security on relationships were analysed. For this we used Martin Heidegger's philosophical thought. We concluded these feelings are possibilities of meaning that constitute the historic experience of modern man. This way, psychotherapy will not intent only an adjustment but will be a setting of medidation, where other possibilities of being in the world with others will be present.


Subject(s)
Humans , Adult , Affect , Interpersonal Relations , Social Isolation/psychology , Loneliness/psychology
10.
Arq. bras. psicol. (Rio J. 1979) ; 54(4): 348-362, out.-dez. 2002.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-415234

ABSTRACT

Um elemento a ser destacado entre as contribuições que o pensamento de Heidegger pode trazer à psicoterapia é a sua meditação sobre a essência da técnica moderna enquanto um modo histórico de produção de verdade, que se impõe como horizonte de sentido para o mundo contemporâneo. A psicoterapia, enquanto produto e componente da compulsão moderna de organização e administração global da realidade, somente tem chances de se tornar um espaço de meditação liberadora de outras possibilidades históricas na medida em que alcançar algum grau de tematização desse horizonte em que ela se consituiu


Subject(s)
Psychotherapy
11.
Arq. bras. psicol. (Rio J. 1979) ; 54(1): 93-103, jan.-mar. 2002.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-404030

ABSTRACT

O presente artigo visa fazer uma análise fenomenológico-existencial da relação interpretativa estabelecida entre o homem e o mundo. Em Heidegger, encontram-se subsídios para pensar a doença como decorrência da dificuldade de se suportar a relação de abertura com o mundo, onde novos sentidos continuamente se desvelam. Pensa-se, então, em que medida os sentidos conferidos por uma compreensão religiosa podem colaborar com esta restrição. Por fim, questiona-se a possibilidade de que a experiência religiosa possa ser, em alguns casos, promotora de uma abertura de sentidos


Subject(s)
Psychological Phenomena , Religion
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL